15 de agosto de 2015

Professor To be: ser ou estar

Planejar, estudar, lecionar, ensinar, educar, corrigir, avaliar, entre tantos outros aspectos que são parte do dia a dia do professor moderno. Nossa profissão tão desvalorizada pelo que é. E subestimada em sua importância, não é uma fragmentação de nossa vida. Não deixo de ser professora quando deixo a escola  (os papéis que carrego que o digam). Nesses seis anos lecionando, consigo entender o ato de repassar conhecimento e de ser professor como uma divisão distinta dentro de nossa categoria.
Observo que hoje a maioria de nós professores, avalia o ato de ensinar apenas  como uma fase para algo maior. Dar aula, passou a ser apenas uma etapa difícil para alcançar o objetivo de não ensinar mais.
A vida de um professor é entre papéis, livros, diferentes tipos de alunos (e pais!) ao mesmo tempo que temos que apresentar um alto padrão de conhecimento nos assuntos propostos nos livros didáticos, temos que ligar essas matérias com assuntos cotidianos ,sendo oradores dinâmicos e as vezes até interpretar papéis, expor nossas vidas  e utilizar materiais tecnológicos. Aliado a isso desenvolver atividades, escrever e escrever, passar provas, corrigi-las, lançar notas, conversar com diferentes pessoas de diferentes personalidades, sobre  personalidades e atitudes de outras pessoas. E ao final do dia, lidar com nossas próprias vidas, sonhos e objetivos. (entendeu agora porque tomamos tanto café?).
 É exaustivo tanto psicologicamente, como fisicamente. Turma após turma, aula após aula, que tomam todo nosso dia, nos tornamos mecanicamente repassadores do saber para aqueles que querem aprender carcereiros para os que não querem, "tios ou pros" rotulados pelo seu tipo de aula, pelo seu jeito de ser. Mas como  vemos a nós mesmo dentro da nossa profissão?Aí está a grande diferença.
Ser professor não é fácil, muitas vezes me pego sonhando com uma mesa, um computador e uma rotina de contato apenas com máquinas que não pedem para ir ao banheiro, e não é errado sonhar com isso. Mas minha realidade é a sala de aula, meu material são meus alunos. Isso divide os homens dos meninos: valorizar e me empenhar no hoje. Não estou professora, sou professora, e se o sonho de não ser mais, me faz ser um mau profissional hoje, como posso alcançar algo melhor amanhã? Se dar aula é um fardo (muitas vezes pela falta de preparo e planejamento) o que ganho é um retrocesso, pois crio expectativas no que não tenho e essa frustração me prende a uma realidade que não quero. Li uma frase que diz:
" Se você está num lugar, esteja por inteiro"
Ser um profissional da educação não é pra qualquer um, é um dom mesmo! (mesmo!) se você se encaixa nesse "chamado". Viva-o. Busque ser o melhor profissional que você puder ser, mesmo sendo criticado por isso (entendedores entenderão). Pois os frutos vem, as vezes não da forma que a gente espera, mas vem. Pela realização de tarefa cumprida e pelo privilégio de ser mestre.



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