13 de outubro de 2015

Sem correntes. (Gálatas 5:1)


Durante esses dias, desafiei os adolescentes que ensino, para que juntos fizéssemos o devocional todos os dias, durante uma semana, com o intuito de tentar criar o hábito de ler a Bíblia todos os dias. Utilizamos a hastag #devocionalmaisBiblia. Em um desses dias, me deparei com essa referência (Gl 5:1) e a trouxe para realidade das batalhas dos meus dias atuais. Os versículos 30 e 31 do capitulo anterior dizem: 

"Entretanto, as Escrituras contam que Deus disse a Abraão que mandasse embora a mulher escrava e seu filho, pois o filho da mulher escrava não podia herdar a casa e as terras de Abraão juntamente com o filho da mulher livre.Queridos irmãos, nós não somos filhos escravos, sujeitos às leis judaicas, mas filhos da mulher livre, aceitáveis a Deus por causa da nossa fé". Gálatas 4:30-31

Através da morte de Cristo nos tornamos filhos livres do pecado, fomos salvos por seu sacrifício  e  sua abundante graça, de forma definitiva alcançamos a chave das algemas que prendiam nosso ser. Isso traz a minha memória o dia que entreguei verdadeiramente minha vida nas mão de Cristo. A sensação de real libertação de mim mesma, do preenchimento do buraco negro em meu peito.Mas, no início do capítulo 05. Paulo nos adverte: 

"Foi assim que Cristo nos libertou. Agora, cuidem de permanecer livres e não fiquem novamente presos pelas cadeias da escravidão". 
Gálatas 5:1
Podemos pensar na vida cristã como uma criança com um brinquedo novo. Ao recebê-lo não há nada melhor, mais interessante ou fascinante do que aquele objeto, mas pelo constante contado e uso, aos poucos, brincar com aquele brinquedo torna-se monótono, e logo, aquele brinquedo é substituído por um mais moderno ou simplesmente diferente. Claro que nosso relacionamento com Deus, não equivale a um brinquedo de criança. Nós não trocamos Jesus tão facilmente, o processo é mais lento. Não jogamos Jesus fora, mas algumas vezes, deixamos de estar na sua presença por motivos fúteis. Ler sua palavra é algo enfadonho e massante, aos poucos, o diferente nos chama atenção e nos rouba da intimidade com Deus. E quando vemos estamos presos a vícios, comportamentos, pessoas, lugares...voltamos à escravidão. Passamos a tratar o pecado, como se não fosse pecado, ou encontramos a mais bem elaborada justificativa para não culpar a nós mesmos por estar fazendo algo que ofende à Deus...voltamos à escravidão. Nos acostumamos a puxar a grande bola de ferro presa em nosso calcanhar como se fosse parte de nós. E a essa bola podemos dar o nome de: pecado de estimação.
Os pecados de estimação, são pecados de todas as formas, eles não minimizados pelo tempo de permanência em nossas vidas. Pecado é pecado. Eles limitam nossa visão da realidade, eles nos impedem de desfrutar da total liberdade de viver com Deus. Como podemos correr presos por cadeias?  Deixamos de desfrutar os manjares dos céus por estarmos roendo os ossos da mediocridade. Você já pensou no que deixou de desfrutar, por causa daquilo que não consegue abandonar? 
Após meu tempo devocional, olhei para o céu e pedi perdão, pelas tantas bolas de ferro que carrego comigo, e por tantas vezes que o julguei como injusto e mau, por não conseguir ver as coisas pela perspectiva Dele. Entendi, que enquanto Ele estava me mostrando lindas coisas ao meu redor, eu só conseguia reclamar do peso da bola e não conseguia perceber sua bondade no percurso.
Deus nos chamou para liberdade, e essa liberdade pode ser traduzida em paz de espírito pela sensação de não preso a nada além dos seus braços. 



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