13 de outubro de 2015

Jovem Senhora

Israel e eu somos um casal jovem ( ambos com 24 anos) e já estamos juntos há dois anos. Acredito que todas as "jovens senhoras" entenderão que quando digo que o casamento é como pular de paraquedas (não que eu tenha pulado). Antes de tudo, você se prepara metodicamente: eu li livros, ouvi pregações, tudo de forma superficial, guardando as partes que EU considerava importante. Entramos no avião com o frio na barriga e ao mesmo tempo com a expectativa do pulo. Dá aquele medo de sair do avião e quando a gente saí, há toda a euforia do vento, da festa, da lua de mel, da casa nova e sua, de ter o seu homem (rsrsrsrsrsrs) mas assim como o pouso é difícil, colocar os pés no chão para nós também é. 
Nesses dois anos nós temos aprendido muitas coisas. Individualmente e juntos. Noto que para mim a transição foi e continua sendo uma escola. Não me vejo só uma jovem, porque eu não sou, mas também não sou ainda oque almejo ser como mulher. 
Em nosso aconselhamento (lições que estudamos com um mentor em nosso noivado), aprendemos que, eu não caso para ser feliz, mas para fazer o outro feliz, isso não significa uma renúncia dos meus interesses pessoais, pois se o outro tiver o mesmo objetivo que eu, encontraremos harmonia em nosso relacionamento. No dia a dia isso não é nada fácil, pois a coisa que o ser humano mais pratica é o egoísmo. Mas com o tempo e deixando Deus trazer maturidade, as coisas vão se desenvolvendo.
Separei alguns pontos principais sobre o que consegui aprender nesses últimos tempos :

01. O melhor presente que posso dar ao meu marido é minha oração.

Não só na área da minha vida matrimonial, mas em todos os sentidos a oração deve ser minha primeira atitude. Logo quando casamos, quis ser ao mesmo tempo a melhor em tudo para meu marido, sendo alguém que não era, gerando uma grande confusão em minha mente, pelas cobranças que fazia a mim mesma, quase entrei em depressão por isso. Pois além de ser esposa, eu não deixei de ser filha de alguém, funcionária de uma empresa e uma serva de Deus. Administrar tudo isso foi complicado no começo. Mas, tudo isso teria sido minimizado pelo simples fato de entender que as coisas não acontecem pela força do meu braço. E sim, pelo agir de Deus na minha vida. Hoje,depois de um lição dificilmente aprendida, minha primeira oração é pelo meu marido, pois ele é o líder de nosso lar. Peço a Deus que esteja atuando em sua vida, para que Ele seja o maior amor da vida do Israel, não eu. Assim ele vai me liderar com sabedoria, como Cristo lidera sua igreja.

02. Cada casal é individual.

Entendi que nós temos nossa vida, e que tentar igualar ela a vida de outras pessoas, só leva a frustração. Pois Deus age de forma individual. Percebi que assim como em nossa vida individual, em nossa vida matrimonial, exaltamos as qualidades e minimizamos os defeitos. Ou seja, a maioria dos casais não é totalmente sincera ao falar da maneira como vive, então aprendi a ser mais grata e menos juíza das nossas falhas.

03. Marido + respeito = submissão

É fato, nós mulheres temos sim uma melhor percepção das coisas ao nosso redor, trazendo isso para dentro do relacionamento é como uma grande batalha. A submissão é difícil. E como é! 
Depois que completei 18 anos, aprendi a viver de uma maneira totalmente independente: morar sozinha, cuidar do próprio nariz. Daí, o jogo vira, eu passo a ter que compartilhar com outra pessoa, não só o meu lar, mas também, as decisões, as finanças, as direções. Não é fácil, então voltamos para o primeiro tópico da oração. Hoje entendo, que submissão é respeitar e confiar no meu marido. Respeitar suas opiniões, trabalhar em cima delas e confiar que baseado em seu relacionamento com Deus ele escolherá o caminho certo, o orçamento certo, o momento certo. Meu papel é de esposa, não de mãe. Cuidar, não me mimar, respeitar, mas também discordar. O papel de auxiliadora é o ideal pra mim, nem mais que isso, nem menos. Se assumo o papel de líder do meu lar, estou levando um peso que não consigo suportar, pois não foi feito pra mim.


04. Aprenda a lidar com as cobranças

As cobranças passam a fazer parte do relacionamento, como o cesto de roupa suja é um buraco negro sem fim. E não falo da cobranças entre marido e mulher, e sim das cobranças externas: filhos, tempo e mais outras tantas coisas. Aprender a lidar com a realidade é o ponto em questão. É o típico ditado: " a gente faz o que a gente pode". Não se culpe por não atender a necessidade de todos.Escolher entre sair com amigos ou ter dinheiro para pagar o financiamento do carro. Conquistar objetivos e sonhos, exige alguns sacrifícios. Nosso principal ministério é o nosso marido e quando vir os filhos, o nosso principal ministério continua sendo nosso marido. Se ele está cansado de um longo dia de trabalho,e não quer sair, respeitamos, assim como ele faz pela gente, quando quem está cansada somos nós. Todos vão ter diferentes conselhos. Aprenda  a colocar o filtro nos ouvidos e ficar em silêncio. Cada um sabe o sapato que aperta. 

Casamento é equilíbrio. E nem sempre os dois estão equilibrados ao mesmo tempo, é nessas horas que Deus segura a corda, mas pra isso, ambas as partes devem estar dispostas a deixar Deus na frente. E cumprindo a parte que lhe foi dada. Nunca deixamos de aprender sobre o nosso relacionamento com o outro. Mas acho , que o principal para uma jovem senhora é estar perto do Senhor e orando para que seu cônjuge tenha o mesmo pensamento, assim todo mundo se encontra no mesmo lugar: o centro da vontade de Deus.


Eu e meu príncipe, que eu amo muito.

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